sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Boa-noite?


Boa-noite?

Boa-noite hifenizado confundiu você? Pois bem, não está errado, ele existe, mas depois deste texto a duvida não mais perdurará. Por menos comum que seja o boa-noite também está correto em sua grafia. Boa noite é escrito dessa forma quando usado como expressão, quando cumprimentamos alguém, entretanto, quando nos referimos à palavra boa-noite, dai então será escrito com hífen. O mesmo valerá para bom dia e boa tarde como expressões e bom-dia e boa tarde como palavras.

Boa noite = expressão/cumprimento.

Boa-noite = palavra/substantivo.

Mas, professor, quando boa-noite estará como substantivo?

Como dizem, para tudo há solução, e para este caso não será diferente. Quando estiver com a dúvida se houve, ou não, a substantivação da expressão boa noite, você aplicará a seguinte regrinha:
Independente de qual seja o caso, boa-noite ou qualquer outro substantivo, serão determinantes para encontrá-los os artigos definidos/indefinidos, pronomes possessivos e demonstrativos e numerais cardinais e ordinais. Quando uma expressão como bom dia, boa tarde ou boa noite estiver funcionando como um substantivo aceitará tais determinantes. Veja:

“Aquele bom-dia que lhe foi dito, soou falso.”

Artigo definidoO bom-dia que soou falso.

Artigo indefinido – Recebi um bom-dia que me soou falso.

Pronome possessivoSeu bom-dia soou falso.

Pronome demonstrativoAquele bom-dia soou falso.






REFERÊNCIAS:


CUNHA, Antonio Geraldo. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Ed. Lexicon, Rio de Janeiro, p. 117 e 121, 2009.


CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. Ed. Lexicon, Rio de Janeiro, p. 66, 2010.


SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe. Ed. Manole, Barueri, SP, p. 20 e 21, 2010.

sábado, 3 de julho de 2010

Cecília - Soneto da vida

A vida é...

Uma saudade já vivida.
Um beijo muitas vezes roubado.
Abraço forte e apertado.
Um mistério a ser desvendado.

Mas também é...
Uma palavra não dita.
Uma ilusória alegria.
Um sonho não sonhado.
Um desejo não realizado.
Um amor não correspondido.

A vida é...
Amar sem pedir nada em troca.
Um cantar e dançar de alegria.
Um sorrir e chorar por alguém.
Amar e ser feliz sempre.

Mas também é...
Um canto sem encanto.
Um ir sem voltar.
Uma lágrima de dor.
Um adeus fora de hora.

Mas afinal o que é a vida?...
Que nos toma pelas mãos.
Nos guiam na escuridão.
Nos dá risos e alegrias.
Nós dá os melhores momentos.
Nos dá as mais gostosas gargalhadas?

Mas também...
Nos abandona à própria sorte.
Nos traz tristezas infindas.
Nos dá algo, mas pega de volta.
Coloca um mar de água salgada
dentro dos nossos olhos!

Ah vida!!! és um doce mistério!!
Um mistério inexplorável,
indecifrável, mas tão vivido
e tão desejado!!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Bullying - Mentes perigosas nas escolas



Bullying – Mentes perigosas nas escolas


Agressões verbais e físicas, humilhações, ameaças, esses e outros meios são usados pelos bullies, para fazer da vida, daqueles considerados diferentes, um verdadeiro inferno. Com vasta experiência no assunto, Ana Beatriz Barbosa Silva, psiquiatra, mostra como cada um envolvido nesse contexto, seja pai, professor, diretor ou qualquer outro que atue no ambiente escolar, deve agir para enfrentar mais este desafio nas escolas, o bullying. O livro é indicado a todos, por se tratar de um problema global, contudo, faz-se mais primordial aos professores, que veem mais de perto a situação, conhecem tanto as vítimas, quanto os agressores. Para evitar que tal covardia entre alunos se propague, é necessário que todos os envolvidos estejam a par do que seja, Bullying – Mentes perigosas nas escolas é uma ótima leitura de introdução ao tema.

 
prof. Rodrigues

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Puderem ou poderem?


Se a frase fosse condicional, em que o verbo poder, estaria após a conjunção se (onde seria conjugado no futuro do conjuntivo), a grafia ficaria correta; exemplo:

Se puderem chegar cedo, eu agradeço.

Porém, quando o verbo estiver no infinitivo pessoal, como na imagem, a grafia deveria ser poderem, em que usa-se antes do verbo, preposições como para, de, por; exemplo.

É necessário que apresentem os ingressos, para poderem entrar.

Portanto nos azulejos, o correto seria "poderem": Para a poderem beber.

prof Rodrigues

domingo, 13 de junho de 2010

O Terceiro Travesseiro


O terceiro travesseiro


Baseado em história real e diferente do que muitos costumam ler, e do que alguns consideram “normal’ ou como prefiro chamar, comum, O Terceiro Travesseiro emociona, revolta e, em alguns momentos, choca. O enredo é um triangulo amoroso, surgido por amor e prazer. Misturando romantismo e realismo, no seu início, muitos o considerarão vulgar, porém, aqueles que continuarem, não pararão até ler o último capítulo e se surpreenderão com o desfecho.

prof. Rodrigues

"Mesmo que..." ou "mesmo se..."?

“Mesmo que...” ou “mesmo se...”?


“Mesmo que” é usado quando há uma ideia contrária à ideia principal da oração, mas que não invalida esta; exemplifico para um melhor entendimento:

Mesmo que o grupo todo não compareça, o trabalho será apresentado.”

Note que apesar de nem todos virem (algo que comprometeria a seminário), mesmo assim, o trabalho será apresentado. A apresentação = ideia principal / o grupo inteiro não comparecer = compromete o acontecimento da apresentação / “Mesmo que” = mostra que haverá sim, a apresentação, com apenas alguns integrantes do grupo. Pode ser substituído pela conjunção “embora” e pela locução “ainda que”.

O “se” é usado quando a ideia principal, depende da subordinada para que aconteça. Ex:

Se o grupo todo comparecer, o trabalho será apresentado.”

                                                 ou

Se o grupo todo não comparecer, o trabalho não será apresentado.”

prof. Rodrigues

sábado, 12 de junho de 2010

Luís Fernando Veríssimo - E tudo mudou...

E tudo mudou...


O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma

O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças